15 julho 2009

 


ATENDIMENTO PELO SAC




Alunos de uma Universidade renomada de São Paulo, enviaram, via site, uma mensagem e uma não menos renomada empresa do segmento de cafés, solicitando uma entrevista para coleta de dados para realização de seu TCC - Trabalho de Conclusão de Curso. A troca e e-mails vem a seguir:

Mensagem dos alunos:

Prezados Srs., gostaria de verificar a possibilidade da realização de uma entrevista com o responsável pela Área de Marketing a respeito do mercado de café tipo exportação no Brasil. Eu e meus colegas somos alunos do curso de Administração/Comércio Exterior da Universidade xxxxxxxxx e temos como tema do trabalho de conclusão de curso a influência do selo "tipo exportação" no consumo de café no Brasil. A idéia é estudarmos os efeitos do produto exportável no mercado doméstico e por isso selecionamos profissionais do mercado de café cuja opinião nos seria de algum valor. A entrevista seria agendada conforme a disponibilidade da sua empresa e não levaria mais do que 1h. Aguardo um retorno, e desde já agradeço.

Resposta da Empresa:

Agradecemos o seu contato e o seu interesse no nosso Café yyyyyyyyy. Informamos que nós, do Café yyyyyyyyy, possuímos uma política para divulgação das informações sobre os nossos produtos e sobre a nossa empresa.
Desta forma, disponibilizamos o site para que o estudante tenha acesso às informações sobre a marca do produto e a empresa possíveis de serem divulgadas. Você poderá acessar nossa página pelo endereço: www.etc.etc.etc.com.br
Esperamos que você possa apreciar o site do Café yyyyyyyyy, pois ele foi especialmente desenvolvido com todo carinho para você! Mais uma vez agradecemos o seu contato e colocamos o Serviço de Atendimento ao Consumidor a sua disposição.

Um abraço,

Fulano de Tal
Serviço de Atendimento ao Consumidor

Os alunos, não se contentando com a resposta partiram para a réplica, no bom estilo alunos universitários:

Prezado Sr. Fulano de Tal,

Somos alunos do último semestre do curso de Administração/COMEX da Universidade xxxxxxxxxx. Embora o nosso curso seja meia-boca, Vsa. também seja meia-boca e essa água suja que vocês chamam de café outra meia-boca, "nós" não o somos e a nossa paciência se esgotou.
Como Vsa. não deve saber o que é stress, pois a sua existência medíocre não prevê a transposição de limites, prazos, etc, eu gostaria de, em poucas linhas, escrever que é muito foda ralarmos para pagar a facu, mantermos nossos empregos, tentarmos minimamente concluir os trabalhos que sempre deixamos atrasar e ainda termos que aturar respostas imbecis como a que Vsa. nos mandou. Para tentar fazê-lo perceber o quão estúpida foi a sua resposta, segue um silogismo bem didático, com a seqüência de raciocínio que o seu cérebro de amendoim deveria ter feito:

1. a minha mensagem chegou a vocês por meio do site da Café yyyyyyyyy, portanto eu tenho acesso à internet;

2. a mensagem foi escrita, logo eu sei escrever;

3. se eu sei escrever, muito provavelmente eu saiba ler;

4. se eu sei ler, tenho acesso à Internet e acessei o site do Café yyyyyyyy p/ escrever a mensagem, eu vi o que havia escrito lá;

5. se eu me dei ao trabalho de escrever uma merda de mensagem para um bando de idiotas do serviço de atendimento, é porque eu preciso de algo ALÉM do que está no site. Ficou claro ou preciso desenhar?

Portanto, meu amigo, eu penso sinceramente que pessoas como Vsa. deveriam ser esterilizadas ao nascer, pois assim pouparíamos as futuras gerações do convívio desgastante que hoje somos obrigados a manter, em nome dos direitos humanos e da civilidade.
Por fim, segue um conselho e um pedido.
O conselho é que Vsa. se mate o mais rápido possível, e o pedido é que, antes de se matar, você vá tomar no cú

13 julho 2009

 
"LA GARANTIA SOY YO"

Os mais novos talvez não se recordem de um personagem feito pelo Jô Soares, em um programa humorístico, onde ele interpretava um contrabandista caricato que oferecia sempre mercadorias de procedência duvidosa a incautos consumidores. Bastante falante e milongueiro, quando indagado sobre a garantia do produto que estava sendo vendido, ele sacava o bordão que é o título deste artigo.

Recordações à parte, num final de semana desses, me dirigi até o Stand Center, em São Paulo, lugar famoso por comercializar "artigos importados por vias não ortodoxas" e que frequenta o noticiário policial, com certa frequência. Fui até lá comprar um MP3. Comprei o aparelho, recebi um papel (xerox) que me dizia que o produto tinha "garantia". Por um mês. Era mais do que eu poderia querer. Uma garantia!!! E de ainda um mês!!!

Cheguei em casa e, claro, o produto não funcionou. Escaldado por experiências frustantes em fazer valer a garantia de outros produtos comprados de forma convencional, de prodecência indubitável e e marcas famosas (já tive problemas com AIKO, SANSUNG, SVA, PALM e outras marcas), me desesperei. Afinal, como vou reclamar aquela "garantia"?

Munido da mais absoluta paciência e pronto para uma briga com um chinês que mal falava o português (o que me vendeu o tal aparelho), voltei ao local. Fui até o estande e falei para o tal chinês que o produto não estava funcionando. SURPRESA!!! Sem perguntar nada, sem fazer nenhuma conjectura, sem me dar senha, sem ABSOLUTAMENTE NADA, o tal chinês abriu uma gaveta, pegou outro produto e me deu. SIMPLES ASSIM!!!

Me lembrei de horas e horas intermináveis em filas de assistências técnicas de marcas famosas (algumas já citadas), de perder uma enormidade de tempo sendo atendido pelos SAC's (que um amigo meu diz que são um pé no SAC's). Tentei entender porque as coisas são diferentes na informalidade. Empresas formais são organizadas, têm departamentos, profissionais altamente competentes e inúmeras ferramentas de marketing de relacionamento para manter o cliente satisfeito. E não satisfazem.
Já o chinês simplesmente troca. Não reclama. Não abre ocorrência, não manda para o departamento competente fazer uma profunda análise técnica, não testa o produto para ver se eu sacaneei. NADA. Só troca.

Onde será que as escolas de marketing, de engenharia, de administração foram buscar os conceitos que norteiam estes profissionais que estão nas grandes e renomadas empresas e que não conseguem resolver um simples problema de um simples cliente??? Em que escola estudou o tal do chinês que entende que, não brigue com o cliente.

Talvez a própria informalidade o proteja, afinal, ele não vai querer que você chame a polícia ou vá até o PROCOM para fazer uma denuncia. O "RAPA" iria lá e pronto. Acabou-se a festa. Bem se ser informal é uma garantia ao consumidor eu imploro a PHILIPS, SANIO, SHARP, SANSUNG, e todas as outras companhias "legais":

"PELO AMOR DE DEUS. SEJAM INFORMAIS!!!!!"

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